A internet e a Manipulação do Comportamento Humano: o Anonimato e a Privacidade de Informações


Mãos de mulher mexendo em tablet junto ao computador.
Imgem: Pixabay
Por: Annellyezy 

A internet tem alterado as formas de comportamento e pensamento humano, deixando esses cada vez mais manipuladores e escravos de rede de cibercultura. Fazendo assim muitas pessoas perderam a noção de diferenciação entre o real e o virtual ao compartilharem suas vidas em mídias sociais, sem compreensão do limite psicossocial de danos físicos e morais da rede em suas vidas a partir do uso exagerado da mesma.
Tendo em mente que o uso dá internet para trabalhos profissionais difere do seu uso pessoal por indivíduos. Uma empresa pode ter seu site e mídias sociais como forma de divulgar seus produtos e promoções, mantendo uma ponte entre empresa e cliente. Já o indivíduo comum muitas vezes usa para dizer aonde estar e o que faz. Porem deve-se lembrar de que existe a possibilidade de uso "privado" de mídias sociais como o Instagram que permite uso de solicitações para quem seguir e o Facebook o que dá opção de publicações apenas para amigos. A privacidade é um direito que deve ser respeitado sociedade; porém cabe perguntar: “até que ponto está rede é realmente singela relação aos dados de um indivíduo?”
Só basta lembrar que quando se pesquisar algo no Google anúncios invadem as mídias sociais do internauta, mas existe a opção de fechar tal publicidade, material este que tem o poder de alucinar a partir do excesso da indústria cultural. Sim o animado nas mídias sociais é um direito que deve ser respeitado, mas cabe saber até que ponto essa privacidade realmente existe?
Na Constituição federal do Brasil temos a seguinte lei no artigo 5 (IV): " é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato". Já o inciso XIV do mesmo artigo prevê: "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo de fonte quando necessário ao exercício profissional". Estes artigos implicam que sempre tem que haver um autor para o que foi dito, sendo crime deixar de citar a fonte sempre ou se esconder atrás de uma máscara.
No jornalismo se lida diretamente com a fonte, pessoas que sedem entrevista para confirmar e narrar fatos ou a dar a sua opinião; além de explicar sobre assuntos específicos dentro de suas áreas do conhecimento. Uma notícia ou reportagem sem fonte seria utópico e sem credibilidade, pois o jornalista não tem conhecimento especifico para falar sobre determinados assuntos, por conta própria; havendo assim a necessidade de consultoria de uma fonte para gerar credibilidade e fugido achismo. Embora existam muitos blogs e canais amadores na internet que costumam fazer trabalhos sem a responsabilidade de confirmação da veracidade da informação, sem usar falas e trechos de quem presenciou o momento; isto talvez pareça absurdo, mas existe.
Sim, mas retornando ao direito de anonimato em relação a exposição de dados pessoais como o nome completo, CPF e localização, por exemplo. Hoje ainda é um tabu, pois diversas empresas vêm pegando descontroladamente dados de usuários para conseguir clientes. Porém o "Marco Civil da internet" (lei:12.965/14), feito em 2014 e previsto para entrar em vigor em agosto de 2020 junto a lei de "Proteção de Dados" (13.109/18) dispõe de artigos que vetam à utilização de dados pessoais, sem autorização prévia das mesmas. Com estas leis busca-se garantir a privacidade de indivíduos e diminuir o risco de uso indevido de informações pessoais.
Então se pode perguntar: tudo isso influenciará as atitudes dos internautas da internet em mídias sociais para que estes parem de compartilhar de forma irracional seus dados? Ou será que propositalmente continuará tudo como antes na cabeça das pessoas, mesmo havendo mudanças legislativas? Isto é uma pergunta que só tempo saberá responder.

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