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Por: Annellyezy
A internet tem
alterado as formas de comportamento e pensamento humano, deixando esses cada
vez mais manipuladores e escravos de rede de cibercultura. Fazendo assim muitas
pessoas perderam a noção de diferenciação entre o real e o virtual ao compartilharem
suas vidas em mídias sociais, sem compreensão do limite psicossocial de danos
físicos e morais da rede em suas vidas a partir do uso exagerado da mesma.
Tendo em mente que o
uso dá internet para trabalhos profissionais difere do seu uso pessoal por
indivíduos. Uma empresa pode ter seu site e mídias sociais como forma de
divulgar seus produtos e promoções, mantendo uma ponte entre empresa e cliente.
Já o indivíduo comum muitas vezes usa para dizer aonde estar e o que faz. Porem
deve-se lembrar de que existe a possibilidade de uso "privado" de
mídias sociais como o Instagram que permite uso de solicitações para quem
seguir e o Facebook o que dá opção de publicações apenas para amigos. A
privacidade é um direito que deve ser respeitado sociedade; porém cabe
perguntar: “até que ponto está rede é realmente singela relação aos dados de um
indivíduo?”
Só basta lembrar que
quando se pesquisar algo no Google anúncios invadem as mídias sociais do
internauta, mas existe a opção de fechar tal publicidade, material este que tem
o poder de alucinar a partir do excesso da indústria cultural. Sim o animado
nas mídias sociais é um direito que deve ser respeitado, mas cabe saber até que
ponto essa privacidade realmente existe?
Na Constituição
federal do Brasil temos a seguinte lei no artigo 5 (IV): " é livre a
manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato". Já o inciso XIV do
mesmo artigo prevê: "é assegurado a todos o acesso à informação e
resguardado o sigilo de fonte quando necessário ao exercício
profissional". Estes artigos implicam que sempre tem que haver um autor
para o que foi dito, sendo crime deixar de citar a fonte sempre ou se esconder
atrás de uma máscara.
No jornalismo se lida
diretamente com a fonte, pessoas que sedem entrevista para confirmar e narrar
fatos ou a dar a sua opinião; além de explicar sobre assuntos específicos
dentro de suas áreas do conhecimento. Uma notícia ou reportagem sem fonte seria
utópico e sem credibilidade, pois o jornalista não tem conhecimento especifico
para falar sobre determinados assuntos, por conta própria; havendo assim a
necessidade de consultoria de uma fonte para gerar credibilidade e fugido
achismo. Embora existam muitos blogs e canais amadores na internet que costumam
fazer trabalhos sem a responsabilidade de confirmação da veracidade da
informação, sem usar falas e trechos de quem presenciou o momento; isto talvez
pareça absurdo, mas existe.
Sim, mas retornando
ao direito de anonimato em relação a exposição de dados pessoais como o nome
completo, CPF e localização, por exemplo. Hoje ainda é um tabu, pois diversas
empresas vêm pegando descontroladamente dados de usuários para conseguir
clientes. Porém o "Marco Civil da internet" (lei:12.965/14), feito em
2014 e previsto para entrar em vigor em agosto de 2020 junto a lei de
"Proteção de Dados" (13.109/18) dispõe de artigos que vetam à
utilização de dados pessoais, sem autorização prévia das mesmas. Com estas leis
busca-se garantir a privacidade de indivíduos e diminuir o risco de uso
indevido de informações pessoais.
Então se pode
perguntar: tudo isso influenciará as atitudes dos internautas da internet em
mídias sociais para que estes parem de compartilhar de forma irracional seus
dados? Ou será que propositalmente continuará tudo como antes na cabeça das
pessoas, mesmo havendo mudanças legislativas? Isto é uma pergunta que só tempo
saberá responder.
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